Bereshith, mesmo Xerazade não nasceu do nada. Vinha das mais antigas estirpes de narradores, das melhores linhagens de lobos uivantes. Falava manso igual à mãe, bradava áspero como o pai; a memória virtuosa veio de uma cruza de elefantes na família. As palavras que lhe saía tinham o poder de concretizar tudo o que havia e o que não havia no mundo. E também o poder de mudar.
As histórias que contava – desde a mais tenra idade – eram a escrita do luar, riscadas no céu num crescente, zunindo, de tirar tampões dos ouvidos, de abrir qualquer olhar.
[...]
texto longo
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