pro Tavares
li fingindo os teus poemas, amigo
pois a espuma da cerveja me entretinha mais
era um mundo em branco assim se acabando
feito a vida que nos deram para desperdiçar
imagina um anel de vidro
que um ralo deu sumiço
e voltou logo em seguida
da distância do abismo
todo sujo e enlameado
mas com ares de brilhante
se dizendo fascinado
com os esgotos que elegia
para que insistir se as mulheres não caem mais
se nas nossas misérias todos temos que trabalhar
ou então, aquela alegação
li fingindo os teus poemas, amigo
pois a espuma da cerveja me entretinha mais
era um mundo em branco assim se acabando
feito a vida que nos deram para desperdiçar
imagina um anel de vidro
que um ralo deu sumiço
e voltou logo em seguida
da distância do abismo
todo sujo e enlameado
mas com ares de brilhante
se dizendo fascinado
com os esgotos que elegia
para que insistir se as mulheres não caem mais
se nas nossas misérias todos temos que trabalhar
ou então, aquela alegação
de que poesia não dá pão
.. – os potes do Bar João vão se encher dela
e nada merece mais atenção
.. – os potes do Bar João vão se encher dela
e nada merece mais atenção